Na pornografia, tudo – desde o modo como as pessoas olham até a maneira como elas fazem sexo – é uma fantasia. Os consumidores de pornografia muitas vezes tornam-se tão obcecados perseguindo a fantasia, que eles perdem o amor e os relacionamentos reais.

Na década de 1950, dois pesquisadores chamados Tinbergen e Magnus pregaram uma peça nas borboletas. [1] Depois de descobrir quais marcas nas asas das borboletas fêmeas eram mais atraentes para os machos, os pesquisadores criaram seus próprios modelos de borboletas de papelão. Eles exageraram os padrões nas asas para torná-los mais brilhantes e mais chamativos do que aqueles que poderiam ser encontrados na natureza. Essencialmente, eles criaram as primeiras borboletas supermodelos do mundo.

E as borboletas machos sucumbiram a elas Elas foram diretamente para as maquetes de papelão e tentaram acasalar-se com elas. Ignorando as verdadeiras borboletas fêmeas que estavam ali em plena vista, os machos deram toda sua atenção às imagens exageradas. [2] Soa familiar?

Como as borboletas enganadas, os consumidores de pornografia podem ficar tão obcecados perseguindo fantasias vistosas que eles perdem a vida real e os relacionamentos reais. Chame isto a primeira grande mentira da pornografia:

MENTIRA Nº 1 DA PORNOGRAFIA
Você pode ter as duas coisas; você pode aproveitar a gratificação imediata de milhares de parceiros sexuais virtuais e a satisfação a longo prazo de um relacionamento real.

A verdade é que a pornografia muitas vezes tem um grande impacto nas relações da vida real. [3] Quando elas descobrem que o seu amado está usando pornografia, muitas parceiras sentem-se chocadas, rejeitadas, abandonadas, humilhadas e traídas. [4] (Veja Como a pornografia magoa o parceiro de um consumidor.) A ideia de que “a pornografia é uma decisão individual que não afeta mais ninguém” é simplesmente errada.

Mas mesmo que a sua parceira não tenha nenhum problema com a pornografia, isso ainda pode prejudicar o relacionamento de vocês. Estudos demonstraram claramente que a pornografia mina a capacidade de uma pessoa amar e sentir-se amada com uma parceira real. [5] Quando os homens estão expostos à pornografia, eles se declaram menos apaixonados por suas parceiras reais [6] e menos satisfeitos com seus relacionamentos e vidas sexuais. [7] Eles se tornam mais críticos e insatisfeitos com a aparência, desempenho sexual, curiosidade sexual e manifestações de carinho da sua parceira. [8] Ironicamente, a pornografia está diretamente relacionada a problemas de atração, excitação e desempenho sexual, [9], bem como menor desejo sexual, disfunção erétil e dificuldade em chegar ao orgasmo. [10] (Veja Como a pornografia danifica a vida sexual de sues consumidores.)

Um estudo recente examinou os homens que usavam pornografia na internet compulsivamente e descobriu que, em 11 de 19 indivíduos, o consumo de pornografia havia diminuído o desejo sexual e/ou a capacidade de manter a ereção nas relações físicas com mulheres reais. [11] Estranhamente, esses homens ainda podiam responder sexualmente à pornografia. [12] Como as borboletas de Tinbergen, a pornografia pode fazer as pessoas preferirem a pornografia da internet do que uma parceira real. [13] Provavelmente sua parceira não está satisfeita com isso.

MENTIRA Nº 2 DA PORNOGRAFIA
Pornografia é apenas ver as pessoas fazendo sexo – o que poderia ser mais natural e normal do que isso?

Na verdade, o sexo é natural e normal. A pornografia é algo completamente diferente.

Não se engane, a pornografia é um produto. Os autores de pornografia têm muito a ganhar ao direcionar o tráfego para os seus sites, então eles vestem seu produto para chamar sua atenção. Esse “disfarce” é exatamente o que torna a pornografia tão antinatural.

Os atores profissionais de pornografia têm toda uma equipe de pessoas para fazer com que cada detalhe seja perfeito, desde a direção e a filmagem até a iluminação e a maquiagem, talvez até um cirurgião plástico ou dois para agradecer. Com uma edição cuidadosa, um típico filme pornô de 45 minutos que levou três dias para ser filmado pode parecer ter acontecido de uma só vez, sem interrupção. Filme os corpos certos sob os ângulos certos nos momentos certos, corrija todos os erros, elimine todas as imperfeições com o Photoshop, adicione uma trilha sonora atrativa e você tem algo que definitivamente NÃO é como sexo “natural” com pessoas “normais”. Você termina com algo mais de “papelão” do que “borboleta”.

MENTIRA Nº 3 DA PORNOGRAFIA
A pornografia é apenas uma distração inocente e um passatempo inofensivo.

Proeminentes especialistas em relacionamento, os médicos John e Julie Gottman expressaram uma grande preocupação com os efeitos da pornografia sobre os relacionamentos conjugais. Eles explicam: “A pornografia pode ser precisamente como um estímulo extraordinário. Com o uso de pornografia, muito mais do que um estímulo normal pode eventualmente ser necessário para alcançar a resposta que um estímulo supernormal desperta. Em contraste, os níveis comuns de estímulo não são mais interessantes. Pode ser assim que o sexo normal torne-se muito menos interessante para usuários de pornografia. Os dados apoiam esta conclusão. Na verdade, o uso da pornografia por um parceiro leva o casal a ter muito menos sexo e, em última instância, reduz a satisfação do relacionamento.”

Uma vez que uma pessoa está ciente do dano que eles estão fazendo para si mesmos, (Veja Como a pornografia muda o cérebro) seus entes queridos (Veja Como a pornografia magoa o parceiro de um consumidor) e a sociedade (Veja Como a pornografia estimula o tráfico sexual), o uso da pornografia dificilmente pode ser chamado de inofensivo ou inocente.

MENTIRA Nº 4 DA PORNOGRAFIA
Pornografia é uma maneira segura de aprender sobre sexo.

Esta mentira é especialmente preocupante porque muitos jovens consumidores de pornografia realmente contam com a fantasia distorcida da pornografia para formar suas ideias e expectativas sobre o sexo. [14] Isso é assustador por muitos motivos. Os jovens que consomem pornografia geralmente esperam que seus parceiros atuem da maneira como eles viram, mesmo que seja doloroso, degradante ou perigoso. [15] Eles tendem a acreditar que o que eles vêem na pornografia é normal e aceitável, mesmo que seus gostos na pornografia tornem-se mais extremos ao longo do tempo. [16] (Veja Como a pornografia afeta os gostos sexuais.) E à medida que as pessoas adotam os padrões irrealistas da pornografia, elas acabam se sentindo mal sobre elas mesmas [17] e insatisfeitas com seus parceiros. [18]

Aprender sobre sexo com a pornografia também significa absorver muitas ideias perigosas sobre sexualidade e mulheres. [19] (Veja Como a pornografia deforma as ideias sobre o sexo.) A pornografia amadora, que afirma ser mais natural e real, realmente ensina as mesmas atitudes e reproduz os mesmos falsos estereótipos que a pornografia produzida profissionalmente – às vezes pior! [20]

Em última análise, a pornografia não oferece a satisfação e o gozo saudável que promete. [21] Isso leva a relacionamentos degradados, decepção e isolamento. [22] (Veja Por quê a pornografia deixa os consumidores solitários.) As borboletas de Tinberg estavam simplesmente reagindo ao instinto quando foram enganadas pelas “iscas das supermodelos”, mas os humanos não são vítimas da sua evolução. Você pode escolher reconhecer a pornografia pelo engano que ela é. Você pode rejeitar as mentiras de pornografia e escolher a vida real, relacionamentos reais e amor real.

Citations
[1] Magnus, D. B. E. (1958). Experimental analysis of some ‘over-optimal’ sign-stimuli in the mating behavior of the fritillary butterfly. Argynnis paphia. Proceedings of the 10th International Congress on Entomology, 2, 405-418; Tinbergen, N. (1951). The study of instinct. Oxford: Clarendon Press.
[2] Magnus, D. B. E. (1958). Experimental analysis of some ‘over-optimal’ sign-stimuli in the mating behavior of the fritillary butterfly. Argynnis paphia. Proceedings of the 10th International Congress on Entomology, 2, 405-418; Tinbergen, N. (1951). The study of instinct. Oxford: Clarendon Press; Hilton, D. L. (2013). Pornography addiction—a supranormal stimulus considered in the context of neuroplasticity. Socioaffective Neuroscience & Psychology, 3, 20767; Paul, Pamela. (2007). Pornified: How Pornography Is Transforming Our Lives, Our Relationships, and Our Families. New York: Henry Holt and Co., 145.
[3] Minarcik, J., Wetterneck, C. T., & Short, M. B. (2016). The effects of sexually explicit material use on romantic relationship dynamics. Journal of Behavioral Addictions, 5(4) 700-707. doi: 10.1556/2006.5.2016.078; Park, B. Y., et al. (2016). Is internet Pornography Causing Sexual Dysunction? A Review with Clinical Reports, Behavioral Sciences, 6, 17. doi:10.3390/bs6030017; Minarcik, J., Wetterneck, C. T., & Short, M. B. (2016). The effects of sexually explicit material use on romantic relationship dynamics. Journal of Behavioral Addictions, 5(4) 700-707. doi: 10.1556/2006.5.2016.078; Sun, C., Bridges, A., Johnason, J., Ezzell, M., (2014). Pornography and the Male Sexual Script: An Analysis of Consumption and Sexual Relations. Archives of Sexual Behavior, 45, 1-12. doi:10.1007/s10508-014-0391-2; Bergner, R. M., & Bridges, A. J. (2002). The significance of heavy pornography involvement for romantic partners: Research and clinical implications. Journal of Sex and Marital Therapy, 28, 193-206. doi:10.1080/009262302760328235; Schneider, J. P. (2000). Effects of Cybersex Addiction on the Family: Results of a Survey. Sexual Addiction and Compulsivity, 7(1), 31-58. doi:10.1080/10720160008400206;
[4] Kalman, T. P. (2008). Clinical Encounters with Internet Pornography, Journal of the American Academy of Psychoanalysis and Dynamic Psychiatry, 36(4), 593-618. doi:10.1521/jaap.2008.36.4.593; Bridges, A. J., Bergner, R. M., & Hesson-McInnis, M. (2003). Romantic Partners’ Use of Pornography: Its Significance for Women. Journal of Sex and Marital Therapy, 29(1), 1-14. doi:10.1080/713847097; Bergner, R.M., & Bridges, A. J. (2002). The significance of heavy pornography involvement for romantic partners: Research and clinical implications. Journal of Sex and Marital Therapy, 28, 193-206. doi:10.1080/009262302760328235; Schneider, J. P. (2000). Effects of Cybersex Addiction on the Family: Results of a Survey. Sexual Addiction and Compulsivity, 7(1), 31-58. doi:10.1080/10720160008400206;
[5] Park, B. Y., et al. (2016). Is Internet Pornography Causing Sexual Dysfunctions? A Review with Clinical Reports. Behavioral Sciences, 6, 17. doi:10.3390/bs6030017; Voon, V., et al. (2014). Neural Correlates of Sexual Cue Reactivity in Individuals with and without Compulsive Sexual Behaviors, PLoS ONE, 9(7), e102419. doi:10.1371/journal.pone.0102419; Kalman, T. P., (2008). Clinical Encounters with Internet Pornography, Journal of the American Academy of Psychoanalysis and Dynamic Psychiatry, 36(4), 593-618. doi:10.1521/jaap.2008.36.4.593; Henline, B. H., Lamke, L. K., & Howard, M. D. (2007). Exploring perceptions of online infidelity. Personal Relationships, 14, 113-128. doi:10.1111/j.1475-6811.2006.00144.x; Stack, S., Wasserman, I., & Kern, R. (2004). Adult social bonds and the use of Internet pornography. Social Science Quarterly, 85, 75-88. doi:10.1111/j.0038-4941.2004.08501006.x; Schneider, J. P. (2000). Effects of cybersex addiction on the family: Results of a survey. Sexual Addiction and Compulsivity, 7, 31-58. doi:10.1080/10720160008400206[9]
[6] Bridges, A. J. (2010). Pornography’s Effect on Interpersonal Relationships. In Stoner, J. & Hughes, D. (Eds.), The Social Cost of Pornography: A Collection of Papers (pp. 89-110). Princeton, NJ: Witherspoon Institute; Kendrick, D., Gutierres, S., & Goldberg, L. (1989). Influence of popular erotica on judgments of strangers and mates. Journal of Experimental Social Psychology, 25, 159-167. doi:10.1016/0022-1031(89)90010-3
[7] Perry, S. L. (2017) Does Viewing Pornography Reduce Marital Quality Over Time? Evidence from Longitudinal Data. Archives of Sexual Behavior, 46(2), 549-559. doi: 10.1007/s10508-016-0770-y; Wery, A., & Billieux, J. (2016). Online sexual activities: An exploratory study of problematic and non-problematic usage patterns in a sample of men. Computers in Human Behavior, 56, 257-266. doi:10.1016/j.chb.2015.11.046; Minarcik, J., Wetterneck, C. T., & Short, M. B. (2016). The effects of sexually explicit material use on romantic relationship dynamics. Journal of Behavioral Addictions, 5(4) 700-707. doi: 10.1556/2006.5.2016.078; Poulsen, F. O., Busby, D. M., & Galovan, A. M. (2013). Pornography use: who uses it and how it is associated with couple outcomes. Journal of Sex Research 50(1), 72-83. doi:10.1080/00224499.2011.648027; Morgan, E. M. (2011). Associations between Young Adults’ Use of Sexually Explicit Materials and Their Sexual Preferences, Behaviors, and Satisfaction. Journal of Sex Research, 48(6), 520-530. doi:10.1080/00224499.2010.543960; Maddox, A. M., Rhoades, G. K., & Markman, H. J. (2011). Viewing Sexually-Explicit Materials Alone or Together: Associations with Relationship Quality. Archives of Sexual Behavior, 40(2), 441-448. doi:10.1007/s10508-009-9585-4; Yucel, D. & Gassanov, M. A. (2010). Exploring actor and partner correlates of sexual satisfaction among married couples. Social Science Research, 39(5), 725-738. doi:10.1016/j.ssresearch.20009.09,002
[8] Zillmann, D. and Bryant, J. (1988). Pornography’s Impact on Sexual Satisfaction. Journal of Applied Social Psychology 18, 5: 438–53.
[9] Carvalheira, A., Traeen, B., & Stulhofer, A. (2015). Masturbation and Pornography Use Among Coupled Heterosexual Men with Decreased Sexual Desire: How Many Roles of Masturbations? Journal of Sex and Marital Therapy, 41(6), 626-635. doi:10.1080/0092623X.2014.958790; Voon, V., et al. (2014). Neural Correlates of Sexual Cue Reactivity in Individuals with and without Compulsive Sexual Behaviors, PLoS ONE, 9(7), e102419. doi:10.1371/journal.pone.0102419; Sun, C., Bridges, A., Johnason, J., & Ezzell, M. (2014). Pornography and the Male Sexual Script: An Analysis of Consumption and Sexual Relations. Archives of Sexual Behavior, 45(4), 1-12. doi:10.1007/s10508-014-0391-2; Poulsen, F. O., Busby, D. M., & Galovan, A. M. (2013). Pornography use: who uses it and how it is associated with couple outcomes. Journal of Sex Research 50(1), 72-83. doi:10.1080/00224499.2011.648027; Stewart, D. N., & Szymanski, D. M. (2012). Young Adult Women’s Reports of Their Male Romantic Partner’s Pornography Use as a Correlate of Their Self-Esteem, Relationship Quality, and Sexual Satisfaction. Sex Roles, 67(5-6), 257-274. doi:10.1007/s11199-012-0164-0; Maddox, A. M., Rhoades, G. K., & Markman, H. J. (2011). Viewing Sexually-Explicit Materials Alone or Together: Associations with Relationship Quality. Archives of Sexual Behavior, 40(2), 441-448. doi:10.1007/s10508-009-9585-4; Morgan, E. M. (2011). Associations between young adults’ use of sexually explicit materials and their sexual preferences, behaviors, and satisfaction. Journal of Sex Research, 48,(6), 520-530. 8(6):520-30. doi:10.1080/00224499.2010.543960; Janssen, E., & Bancroft, J. (2007). The Dual-Control Model: The role of sexual inhibition & excitation in sexual arousal and behavior. In Janssen, E. (Ed.), The Psychology of Sex (pp. 197-222). Bloomington, IN: Indiana University Press; Zillman, D., & Bryant, J. (2006). Pornography’s Impact on Sexual Satisfaction. Journal of Applied Social Psychology, 18(5), 438-453. doi:10.1111/j.1559-1816.1988.tb00027.x
[10] Wery, A., & Billieux, J. (2016). Online sexual activities: An exploratory study of problematic and non-problematic usage patterns in a sample of men. Computers in Human Behavior, 56, 257-266. doi:10.1016/j.chb.2015.11.046; Sutton, K. S., Stratton, N., Pytyck, J., Kolla, N. J., & Cantor, J. M. (2015). Patient Characteristics by Type of Hypersexuality Referral: A Quantitative Chart Review of 115 Consecutive Male Cases. Journal of Sex and Marital Therapy, 41(6), 563-580. doi:10.1080/0092623X.2014.935539; Carvalheira, A., Traeen, B., & Stulhofer, A. (2015). Masturbation and Pornography Use Among Coupled Heterosexual Men with Decreased Sexual Desire: How Many Roles of Masturbations? Journal of Sex and Marital Therapy, 41(6), 626-635. doi:10.1080/0092623X.2014.958790; Voon, V., et al. (2014). Neural Correlates of Sexual Cue Reactivity in Individuals with and without Compulsive Sexual Behaviors, PLoS ONE, 9(7), e102419. doi:10.1371/journal.pone.0102419; Janssen, E., & Bancroft, J. (2007). The Dual-Control Model: The role of sexual inhibition & excitation in sexual arousal and behavior. In Janssen, E. (Ed.), The Psychology of Sex (pp. 197-222). Bloomington, IN: Indiana University Press;
[11] Voon, V., et al. (2014). Neural Correlates of Sexual Cue Reactivity in Individuals with and without Compulsive Sexual Behaviors, PLoS ONE, 9(7), e102419. doi:10.1371/journal.pone.0102419
[12] Voon, V., et al. (2014). Neural Correlates of Sexual Cue Reactivity in Individuals with and without Compulsive Sexual Behaviors, PLoS ONE, 9(7), e102419. doi:10.1371/journal.pone.0102419
[13] Sun, C., Bridges, A., Johnason, J., & Ezzell, M. (2014). Pornography and the Male Sexual Script: An Analysis of Consumption and Sexual Relations. Archives of Sexual Behavior, 45(4), 1-12. doi:10.1007/s10508-014-0391-2; Hilton, D. L. (2013). Pornography addiction—a supranormal stimulus considered in the context of neuroplasticity. Socioaffective Neuroscience & Psychology, 3, 20767. doi:10.3402/snp.v3i0.20767; Kalman, T. P., (2008). Clinical Encounters with Internet Pornography, Journal of the American Academy of Psychoanalysis and Dynamic Psychiatry, 36(4), 593-618. doi:10.1521/jaap.2008.36.4.593; ; Paul, Pamela. (2007). Pornified: How Pornography Is Transforming Our Lives, Our Relationships, and Our Families. New York: Henry Holt and Co., 145.
[14] Peter, J. & Valkenburg, P. M., (2016) Adolescents and Pornography: A Review of 20 Years of Research. Journal of Sex Research, 53(4-5), 509-531. doi:10.1080/00224499.2016.1143441; Rothman, E. F., Kaczmarsky, C., Burke, N., Jansen, E., & Baughman, A. (2015). “Without Porn…I Wouldn’t Know Half the Things I Know Now”: A Qualitative Study of Pornography Use Among a Sample of Urban, Low-Income, Black and Hispanic Youth. Journal of Sex Research, 52(7), 736-746. doi:10.1080/00224499.2014.960908; Frith, H. (2015). Visualizing the ‘real’ and the ‘fake’: emotion work and the representation of orgasm in pornography and everyday sexual interactions. Journal of Gender Studies, 24(4), 386-398. doi:10.1080/09589236.2014.950556
[15] Rothman, E. F., Kaczmarsky, C., Burke, N., Jansen, E., & Baughman, A. (2015). “Without Porn…I Wouldn’t Know Half the Things I Know Now”: A Qualitative Study of Pornography Use Among a Sample of Urban, Low-Income, Black and Hispanic Youth. Journal of Sex Research, 52(7), 736-746. doi:10.1080/00224499.2014.960908; Layden, M. A. (2010) Pornography and Violence: A New Look at the Research. In Stoner, J. & Hughes, D. (Eds.), The Social Cost of Pornography: A Collection of Papers (pp. 57-68). Princeton, N.J.: Witherspoon Institute; Ryu, E. (2008). Spousal Use of Pornography and Its Clinical Significance for Asian-American Women: Korean Woman as an Illustration. Journal of Feminist Family Therapy, 16(4), 75. doi:10.1300/J086v16n04_05; Shope, J. H. (2004). When Words Are Not Enough: The Search for the Effect of Pornography on abused Women. Violence Against Women, 10(1), 56-72. doi:10.1177/1077801203256003
[16] Weinberg, M. S., Williams, C. J., Kleiner, S., & Irizarry, Y. (2010). Pornography, normalization and empowerment. Archives of Sexual Behavior, 39 (6) 1389-1401. doi:10.1007/s10508-009-9592-5; Doring, N. M. (2009). The Internet’s impact on sexuality: A critical review of 15 years of research. Computers in Human Behavior, 25(5), 1089-1101. doi:10.1016/j.chb.2009.04.003; Zillmann, D. (2000). Influence of Unrestrained Access to Erotica on Adolescents’ and Young Adults’ Dispositions Toward Sexuality. Journal of Adolescent Health, 27, 2: 41–44. Retrieved from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10904205
[17] Steffens, B. A. and Rennie, R. L. (2006). The Traumatic Nature of Disclosure for Wives of Sexual Addicts. Sexual Addiction & Compulsivity 13, 2 and 3: 247–67; Wolf, N. (2004). The Porn Myth. New York Magazine, May 24; Wildmom-White, M. L. and Young, J. S. (2002). Family-of-Origin Characteristics Among Women Married to Sexually Addicted Men. Sexual Addiction & Compulsivity 9, 4: 263–73.Zillmann, D. (2000). Influence of Unrestrained Access to Erotica on Adolescents’ and Young Adults’ Dispositions Toward Sexuality. Journal of Adolescent Health, 27, 2: 41–44. Retrieved from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10904205
[18] Minarcik, J., Wetterneck, C. T., & Short, M. B. (2016). The effects of sexually explicit material use on romantic relationship dynamics. Journal of Behavioral Addictions, 5(4) 700-707. doi: 10.1556/2006.5.2016.078; Morgan, E. M. (2011). Associations between Young Adults’ Use of Sexually Explicit Materials and Their Sexual Preferences, Behaviors, and Satisfaction. Journal of Sex Research, 48(6), 520-530. doi:10.1080/00224499.2010.543960; Maddox, A. M., Rhoades, G. K., & Markman, H. J. (2011). Viewing Sexually-Explicit Materials Alone or Together: Associations with Relationship Quality. Archives of Sexual Behavior, 40(2), 441-448. doi:10.1007/s10508-009-9585-4; Yucel, D. & Gassanov, M. A. (2010). Exploring actor and partner correlates of sexual satisfaction among married couples. Social Science Research, 39(5), 725-738. doi:10.1016/j.ssresearch.20009.09,002
[19] Rothman, E. F., Kaczmarsky, C., Burke, N., Jansen, E., & Baughman, A. (2015). “Without Porn…I Wouldn’t Know Half the Things I Know Now”: A Qualitative Study of Pornography Use Among a Sample of Urban, Low-Income, Black and Hispanic Youth. Journal of Sex Research, 52(7), 736-746. doi:10.1080/00224499.2014.960908; Zillmann, D. (2000). Influence of Unrestrained Access to Erotica on Adolescents’ and Young Adults’ Dispositions Toward Sexuality. Journal of Adolescent Health, 27, 2: 41–44. Retrieved from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10904205; Zillmann, D. and Bryant, J. (1988). Pornography’s impact on sexual satisfaction, Journal of Applied Social Psychology, 18, 5, 438-53. 10.1111/j.1559-1816.1988.tb00027.x; Zillman, D. & Bryant, J. (1982). Pornography, sexual callousness, and the trivialization of rape. Journal of Communication, 32(4), 10-21.
[20] Frith, H. (2015). Visualizing the ‘real’ and the ‘fake’: emotion work and the representation of orgasm in pornography and everyday sexual interactions. Journal of Gender Studies, 24(4), 386-398. doi:10.1080/09589236.2014.950556; Van Doorn, N. A. J. M. (2010). Keeping it real: User-generated pornography, gender reitification, and visual pleasure. Convergence, 16, 411-430. doi:10.1177/1354856510375144. See also Klassen, M. J. E., & Peter, J. (2015). Gender (In)Equality in Internet Pornography: A Content Analysis of Popular Pornographic Internet Videos. Journal of Sex Research, 52(7), 721-735. doi:10.1080/00224499.2014.976781 (Finding that amateur porn is actually more gender-unequal than professional porn and features more more coerced sex.)
[21] Flisher, C. (2010). Getting Plugged In: An Overview of Internet Addiction. Journal of Paediatrics and Child Health 46: 557–559. doi:10.1111/j.1440-1754.2010.01879.x; Layden, M. A. (2010). Pornography and Violence: A New look at the Research. In Stoner, J., & Hughes, D. (Eds.) The Social Costs of Pornography: A Collection of Papers (pp. 57–68). Princeton, NJ: Witherspoon Institute; Doidge, N. (2007). The Brain That Changes Itself. New York: Penguin Books; Stack, S., Wasserman, I., & Kern, R. (2004). Adult social bonds and the use of Internet pornography. Social Science Quarterly, 85, 75-88. doi:10.1111/j.0038-4941.2004.08501006.x; Schneider, J. P. (2000). Effects of cybersex addiction on the family: Results of a survey. Sexual Addiction and Compulsivity, 7, 31-58. doi:10.1080/10720160008400206; Kafka, M. P. (2000). The Paraphilia-Related Disorders: Nonparaphilic Hypersexuality and Sexual Compulsivity/Addiction. In Leiblum, S. R., & Rosen, R. C. (Eds.) Principles and Practice of Sex Therapy, 3rd Ed. (pp. 471–503). New York: Guilford Press.
[22] Park, B. Y., et al. (2016). Is internet Pornography Causing Sexual Dysfunction? A Review with Clinical Reports, Behavioral Sciences, 6, 17. doi:10.3390/bs6030017; Olmstead, S. B., Negash, S., Pasley, K., & Fincham, F. D. (2013). Emerging Adults’ Expectations for Pornography Use in the Context of Future Committed Romantic Relationships. Archives of Sexual Behavior, 42, 625-635. doi:10.1007/s10508-012-9986-7; Mitchell, K. J., Becker-Blease, K. A., & Finkelhor, D. (2005). Inventory of problematic internet experiences encountered in clinical practice. Professional Psychology: Research and Practice, 36, 498-509. doi:10.1037/0735-7028.36.5.498; Yoder, V. C., Virden, T. B., & Amin, K. (2005). Internet Pornogrpahy and Loneliness: An Association? Sexual Addiction and Compulsivity, 12, 19-44. doi:10.1080/10720160590933653; Brooks, G. R., (1995). The centerfold syndrome: How men can overcome objectification and achieve intimacy with women. San Francisco, CA: Bass.